Grazie Flavio Galvan al testo in italiano * Remercier Susana Metello le texte français



segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Povo que lavas no rio

Pedro Homem de Mello

Joaquim Campos

*
Povo que lavas no rio
E talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não

*

Fui ter à mesa redonda
Beber em malga que me esconde
O beijo de mão em mão
Era o vinho que me deste
A água pura, puro agreste
Mas a tua vida não

*

Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição
Povo, povo, eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso,
Mas a tua vida não

*

Povo que lavas no rio
Que talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não