Grazie Flavio Galvan al testo in italiano * Remercier Susana Metello le texte français



terça-feira, 10 de novembro de 2009

Triste sina

Jerónimo Bragança / Nóbrega e Sousa

*

Mar de mágoas sem marés

Onde não há sinal de qualquer porto

De lés-a-lés o céu é cor de cinza

E o mundo desconforto

No quadrante deste mar que vai rasgando

No horizonte sempre iguais à minha frente

Há um sonho agonizando,

Lentamente, tristemente

*

Refrão

*

Mãos e braços para quê,

E para quê os meus cinco sentidos?

Se a gente não se abraça e não se vê,

Ambos perdidos.
Nau da vida que me leva

Naufragando em mar de treva,
Com meus sonhos de menina,

Triste sina

*

Pelas rochas se quebrou

E se perdeu a onda deste sonho

Depois ficou uma franja de espuma

A desfazer-se em bruma.

No meu jeito de sorrir ficou vincada

A tristeza de por ti não ser beijada

Meu senhor de todo o sempre

Sendo tudo, não és nada.