Grazie Flavio Galvan al testo in italiano * Remercier Susana Metello le texte français



sexta-feira, 2 de março de 2012

Cuidei que tinha morrido

Autores: Pedro Homem de Mello / Alain Oulman

Ao passar pelo ribeiro,
Onde às vezes me debruço
Fitou-me alguém corpo inteiro,
Dobrado como um soluço

Pupilas negras, tão lassas,
Raízes iguais às minhas
Meu amor, quando me enlaças,
Porventura as adivinhas

Meu amor, quando me enlaças

Que palidez nesse rosto
Sob o lençol do luar
Tal e qual quem ao sol posto,
Estivera a agonizar

Deram-me então por conselho
Tirar de mim o sentido
Mas depois vendo-me ao espelho
Cuidei que tinha morrido

Cuidei que tinha morrido