Luís Macedo
Alain Oulman
*
Foi no Outeiro da Graça
Na esquina de ver-o-mar
Quanto é triste essa desgraça
Que finge alegria e passa
Pelas ruas a cantar
*
Foi no Outeiro d’Ajuda
Na esquina de ver o Tejo
Quem é triste não se iluda
Que essa tristeza não muda
Mesmo que mude o desejo
*
Foi no Outeiro do Céu
Ao olhar o mar e o rio
Que uma noite aconteceu
Que o sonho que era só meu
Passou por mim, mas perdi-o