Grazie Flavio Galvan al testo in italiano * Remercier Susana Metello le texte français



sábado, 25 de fevereiro de 2012

Fado Lisboeta

Autores:
Amadeu do Vale e Carlos Dias

Não queiram mal a quem canta
Quando uma garganta
Em ais se desgarra
E a mágoa já não é tanta
Se a confessar à guitarra

Quem canta sempre se ausenta
Da hora cinzenta da sua amargura
Não sente a cruz tão pesada
Na longa estrada da desventura

Refrão

Eu só entendo o fado
Plangente amargurado,
À noite a soluçar baixinho
Que chega ao coração
Num tom magoado
Tão frio como as neves do caminho
Que chora uma saudade
Ou canta ansiedade
De quem tem por amor chorado
Dirão que isto é fatal, é natural
Mas é lisboeta
Isto é que é o fado

Oiço guitarras vibrando
E vozes cantando
Na rua sombria
As luzes vão se apagando
A anunciar que é já dia

Fecho em silêncio a janela,
Já se ouvem na viela
Rumores de ternura
Surge a manhã fresca e calma
Só em minh'alma é noite escura

Refrão

Eu so entendo o fado
Plangente amargurado...