Autores: Ary dos Santos / Alain Oulman
É da torre mais alta
  Que eu canto este meu pranto
  Que eu canto este meu sangue,
  Este meu povo
  Dessa torre maior
  Em que apenas sou grande
  Por me cantar de novo,
  Por me cantar de novo.
Cantar como quem despe
  A ganga da tristeza
  Como quem bebe
  A água da saudade,
  Chama que nasce e cresce
  E vive e morre acesa
  Chama que nasce e cresce
  Em plena liberdade.
Mas nunca se dói só
  Quem a cantar magoa
  Dói-me o Tejo vencido
  Dói-me a secura
  Dói-me o tempo perdido
  Dói-me o mal da lonjura
Dói-me o povo esquecido
  E morro de ternura
  Dói-me o tempo perdido
  E morro de ternura.